Algumas pessoas acham perigoso se relacionar com alguém que se conhece através da internet. Realmente, muitos não são 100% sinceros ao se apresentar para uma pessoa pela qual tem interesse de se relacionar quando esse contato é feito pela web.
Porém, quem arrisca e toma os devidos cuidados procurando se encontrar em locais públicos com o “namorado virtual”, pode vencer essa barreira quase que informal das relações online e fazer esse relacionamento virar algo sólido, levando até ao altar, em muitos casos. Pelo menos é nisso que acredita John Cacioppo, que é o autor de um estudo que aponta que relações que começam pela internet fazem o casamento durar mais.
Estudo conclui que casamentos que começaram com encontros virtuais duram mais
John Cacioppo é da Universidade de Chicago, onde desenvolveu seu estudo. O pesquisador disse que os resultados da sua pesquisa trás esperança para quem está procurando algo mais sério com conhecidos por meio de páginas de relacionamento e salas de bate-papo.
“Espero que isso incentive as pessoas a se sentir autênticas, e não estranhas, se elas buscam parceiros online”, declarou Cacioppo, diretor do Centro da Universidade para a Neurociência Cognitiva e Social. “É um novo ambiente e um mundo novo, e não devemos temê-lo”, concluiu.
Serviço de encontros online foi quem encomendou estudo
A pesquisa que analisou casais formados pela internet que se casaram foi encomendado pelo eHarmony, que é um serviço de encontros virtuais. O estudo contou com a participação de mais de 19 mil participantes, nos Estados Unidos, sendo que todas essas pessoas se casaram com pessoas do sexo oposto entre 2005 e 2012, e grande parte (mais de um terço dos entrevistados) tiverem um começo de romance graças a internet.
Os casamentos eram recentes e talvez por isso as taxas de divórcio eram baixas: 5% de divórcio e de 2,5% de separação.
Conclusões da pesquisa
A parcela de pessoas que começou a namorar pela internet entre os participantes da pesquisa, geralmente encontrou seu parceiro ou parceira em um site especifico de namoros (45% das pessoas). Outra parcela desse mais de um terço dos entrevistados que se conheceram pela internet e acabaram chegando ao altar, (21%) acabou encontrando a “outra metade da laranja afetiva” em redes sociais como o Facebook.
Das 19 mil pessoas entrevistadas 7,6% dos casais que se conheceram pessoalmente se divorciaram do parceiro, enquanto 5,9% dos casais formados online decidiram se separar depois do casamento. Os índices são apertados e alguns pesquisadores desse segmento acham a pesquisa imprecisa, mas pelo menos nos Estados Unidos os casamentos que comeram pela internet estão dando certo.
O estudo foi publicado na edição online da primeira semana de junho desse ano do “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
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